HUMBERTO GESSENGER E SUAS PREFERÊNCIAS POLÍTICAS
HUMBERTO GESSENGER E SUAS PREFERÊNCIAS POLÍTICAS
Líder da banda Os Engenheiros do Hawaii, Humberto Gessenger já se envolveu em algumas polêmicas mas nenhuma delas teve por tema política ou ideologias políticas. Suas preferências no campo da política é de difícil detecção, tendo em vista sua pouca manifestação sobre o assunto.
Com suas músicas cheias de frases de escritores famosos como Sartre, Orwell, Camus, Nietzsche, Goulart, dentre outros, Gessenger vai construindo um perfil crítico sobre os diversos assuntos sem, necessariamente, se posicionar sob um determinado viés político.
Em uma entrevista ao Blog do jornal O Povo, ao jornalista Ronald Casemiro, Humberto diz achar desanimadora as perspectivas políticas para o Brasil. Porém, em sua carreira, em um passado mais distante, já tomou posições sutis em relação à política, mesmo que de forma velada.
Em 1987, depois do sucesso de Longe Demais das Capitais, a banda encabeça seu segundo álbum com o título A Revolta dos Dândis, título tirado de um dos capítulos do livro O Homem Revoltado, de Alberto Camus, e cheio de questões pessoais, e filosóficas de um jovem que tinha apenas 22 anos de idade, que era maduro demais para a sua idade, mas que queria dizer algo.
Citando Fidel, o ícone da extrema-esquerda na revolução cubana e Pinochet, o ícone da extrema-direita chilena, em Toda Forma de Poder, Gessenger critica a centralização de poder e a apatia da população que não reagia ao autoritarismo e nada fazia para mudar os rumos dos acontecimentos.
A letra tem seu momento histórico no pós-regime militar, já em transição, e também critica os discursos políticos vazios de significado e repletos de retóricas, faz ainda uma critica ao "fascismo fascinante".
Os discursos vazios cheios de retóricas e de pouco conteúdo é criticado usando uma imagem retirada da obra 1984 de George Orwell, onde se usa uma linguagem chamada novilingua para enganar o povo. Por isso é dito: "eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada". Mesmo se prestando atenção ao discurso, o discurso nada diz.
Depois de usar as imagens dos dois ícones das extremas, ele diz que "a história se repete". E continua dizendo que o "fascismo é fascinante" e que deixa "gente ignorante fascinada".
Em 1989, quando banda já era sucesso no circuito nacional, foi criticada por colegas e chamada "banda de direita", o que parecia uma ofensa para uma banda de rock naquele contexto, pois a postura do rock era de contestar, e a esquerda era a ferramenta de contestação no período em questão. Foi nesse contexto que a banda faz uma excursão, sem muito sucesso, pela URSS, Rússia, e foram, de fato, a primeira banda brasileira a fazer uma turnê pela Mãe Rússia. Até a imagem do álbum causou alvoroço na epoca: era uma releitura do nacional socialismo russo com a foice e, no lugar do martelo, uma guitarra, e, junto, a clássica estrela amarela nas cores do vermelho.
E foi ainda neste ano, de 1989, que a banda toca de graça nos showmícios do político gaúcho Leonel Brizola, ícone da esquerda brasileira. E foi o mesmo Brizola que cedeu a foto do Papa João Paulo II tomando chimarrão usada na capa do disco O Papa é Pop.
A banda também deve a Brizola a inclusão da versão da música Era Um Garoto Que Como Eu Amava Os Beatles E Os Rolings Stones, dos Incríveis, usada para preencher um dos atrasos do candidato em um comício em Betim, MG.
Apenas de pouco polemizar sobre política e assuntos do gênero, o líder dos Engenheiros do Hawaii parece ter uma simpatia pela esquerda e pouco apreço pelo fascismo.
Concluímos com uma frase clássica de Humberto Gessenger: "me surpreende que tanta gente minta a mesma mentira".
Francimar Pires
Fontes:
https://oglobo.globo.com/cultura/musica/humberto-gessinger-apresenta-em-show-revolta-dos-dandis-na-integra-21074549
http://palavrasaleatorias09.blogspot.com/2015/07/analise-da-musica-toda-forma-de-poder.html?m=1
http://consultoriadorock.blogspot.com/2012/03/os-sete-pecados-do-rock-nacional-parte.html?m=1
https://www.google.com/url?sa=i&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiz7-aB99LgAhVkHbkGHUBTDtEQzPwBegQIARAC&url=http%3A%2F%2Fblogs.opovo.com.br%2Fcearaerock%2F2016%2F05%2F21%2Fhumberto-gessinger-nao-acho-animadoras-as-perspectivas-para-nosso-pais%2F&psig=AOvVaw1TToYrfQ3VnBaQrh45BnP5&ust=1551048218066551
https://www.google.com/url?sa=i&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiz7-aB99LgAhVkHbkGHUBTDtEQzPwBegQIARAC&url=https%3A%2F%2Fwww.gazetadopovo.com.br%2Fcaderno-g%2Fmusica%2Fshow-na-urss-apoio-a-brizola-5-curiosidades-sobre-os-engenheiros-do-hawaii-5yk4on32q8169ubsrt9fweq4w&psig=AOvVaw1TToYrfQ3VnBaQrh45BnP5&ust=1551048218066551
Muito fraco e tendencioso o artigo ao tentar ilustrar o posicionamento político do cantor. Definir que existe uma simpatia à esquerda e desapreço ao fascismo, como se a opção à esquerda seja, necessariamente o fascismo demonstra, claramente, o vieis do autor e nada sobre o entrevistado. Viva la revolucion!
ResponderExcluirPrimeiro, sobre a fraqueza no artigo. Artigo não é vitamina. Qualificar artigos como fracos ou fortes é, no mínimo, ignorância técnica. Não sou técnico, mas erro assim, não cometo. Artigos precisam ter dados e fatos e posição. Não há neutralidade em textos.
ExcluirSegundo, sobre a tendência no artigo. Se um artigo não demonstrar a posição de seu autor, para quê serviria o artigo? É claro que todo artigo é tendencioso. Mas, mesmo sendo tendencioso, é preciso que haja fatos, dados, embasamento, análise, posição e opinião. Quem quiser discordar, faça o mesmo. Analise os dados e fatos mencionados, análise, é dê outra posição.
Terceiro, sobre o investigado. O texto tem fontes. São dados e fatos sobre o entrevistado. Os dados são avaliados e é dado uma posição, uma opinião. Não está contente. Analise cada fonte e dê sua própria opinião.
Pergunto: se Humberto se declarasse claramente ser de esquerda, ele deixaria de ser o artista que ele é? Caetano, Chico... São declaradamente de esquerda e não deixam de ser os brilhantes artistas que são.
Agora, desculpe se sua idolatria pelo artista e o elo com a paganizada esquerda maculou a santidade de seu ídolo.
Fraquíssimo o artigo e seu comentário.
ExcluirUma sucessão de erros, sendo o pior, a associação do fascismo com a direita. Sugiro ao autor fazer uma pesquisa profunda sobre o fascismo e relacionar seus princípios com os projetos de governos dos últimos candidatos à presidência do país e aí verá com qual ideologia realmente o fascismo se aproxima.
ResponderExcluirO fascismo se aproxima não, mas se caracteriza no espectro ideológico da Direita
ExcluirA confusão começa com a associação irrestrita do socialismo com a esquerda. E se acha que tudo o que é socialista Ede esquerda. Erro. A nazismo na Alemanha, mesmo com viés socialista, foi sim um movimento de Extrema-Direita, assim como o movimento fascista na Itália de Mussolini.
ExcluirFalando em pesquisas profundas. Vejamos algumas referências bibliográficas
1. Fascismo à brasileira de Pedro Dória.
Jornalista, colunista da CBN, O Globo e Estadão, assicia o fascismo alemão e italiano ao fascismo Bolsonarista. Traz bases históricas desde de 1920-1940, quando nasce e fascina lideranças brasileiras de extrema direita. Até ressalta que o espectro de extrema-direita no Brasil nasce sob características fascistas. Desde Plínio Salgado. Esse movimento se caracteriza: de extrema-direita, não liberais, protecionistas, ulttanacionalista, autoritários e tradicionalista.
2. Forças armadas e política no Brasil de José Murilo de Carvalho.
Onde o renomado cientista político, historiador, membro especial da Academia Brasileira de Letras, analisa as Forças Armadas e suas incursões à política brasileira nós últimos trinta anos. Vê militares de espectro fascista em essência. Sempre de extrema direita, ou, quanto muito, de direita (moderada).
3. Uma Breve História das Mentiras Fascistas, onde se analisa o uso da mentira como arma de manipulação de massa usada em movimentos fascistas, sobretudo Alemanha e Itália. Compara os movimentos negacionistas como as novas formas de se anunciar uma mentira de manipulação. Negar a ciência, fatos históricos e apregoar uma "nova verdade". As fakes news como ferramentas modernas para eata antiga finalidade.
4. O Brasil Dobra à Direita de Jairo Nicolau, onde o cientista político, especialista em sistemas eleitorais, analisa as eleições de 2018 e seus resultados e o identifica como um "salto ao fascismo" do passado.
Referências
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/amp/noticias/reportagem/o-fascismo-e-de-direita-ou-de-esquerda.phtml
TD oq não presta se associa à esquerda.
ExcluirGrande mentira afirmar que o fascismo é de direita. Usam a técnica de Goebbels e ficam repetindo sempre a mesma coisa.
ExcluirSerá que apenas eu vejo que toda esperança que o Humberto alguma vez depositou ( de forma timida ) na esquerda, caiu por terra após os governos de esquerda?
ResponderExcluirMeu Deus.... em plenos escândalos petistas o cara nos entrega o disco Dançando no campo minado....
Ouçam o disco e tirem suas conclusões
Vero. Rock n se orienta p esquerda. Rock é resistência para qualquer ideologia amigão. Ti garanto q as grandes bandas n entram nesse discurso de sou contra a propriedade privada. Eles são brancos e milionários. Rock é resistência. Isso n tem a ver com viés político. E sim, vá estudar sobre direita.
ExcluirNão ti critiquei, dei complemento a sua resposta
ExcluirOs governos de esquerda não são só corrupção. Aliás, corrupção faz parte do sistema político brasileiro. A política no Brasil não funciona sem corrupção porque. Corrupção faz parte do sistema político. Já ensinou o Doutor Sérgio Buarque de Holanda.
ExcluirMas os governos de esquerda deixaram outros indicadores. Vejamos alguns...
O PIB é um indicar econômico. Em 2013 o PIB era quiser o dobro do que era em 2002. A Dívida Pública era de 60% do PIB em 2002; e em 2013 era de 34%. O Brasil produzia em 2002 1,8 milhões de automóveis por ano (média até então); já em 2013 era de 3,7 milhões/ano. O BNDES lucrou em 2002 550 milhões/ano; já em 2013 lucrou 8.15 Bi. A Caixa Econômica Federal, em 2002, lucrou 1,1 BI; na em 2013, 6.7 Bi. As reservas internacionais saltaram de 37 Bi em 2002 para 375.8 Bi. A taxa de desemprego saiu de 12,2% em 2002 para 5,4% em 2013.
Esse é o fracasso dos governos de esquerda?
No Brasil, a palavra CORRUPCAO no dicionario é sinônimo de ESQUERDA.
ExcluirAmigo, no Brasil, corrupção é sinônimo de política. Não foram apenas governos de esquerda que tiveram problemas de corrução. O governo de transição de José Sarney, um governo de direita, foi marcado por casos de corrupção que foram abafados. O governo de Fernando Collor, finalizou com seu impedimento e uma maré de corrupção. O de FHC, teve tanta corrução como teve de casos arquivados.
ExcluirCorrução é uma ferramenta da política brasileira. Não é uma pesha apenas da esquerda. Sua frase é preconceituosa por natureza.
Mas... Quem tem é preconceituoso no Brasil, né
Importante trabalho!
ResponderExcluirObg amigo pelo bom comentário...
ExcluirArtigo extremamente raso e superficial.
ResponderExcluirAmigo, o texto não tem pretensão de ser uma biografia do cantor. O texto não tem pretensão de ser um artigo do Estadão ou da Filha de São Paulo. É apenas um texto de um blog desconhecido, de um autor desconhecido e que desconhece muita coisa. Que quer artigo profundo e profissional, procura nos lugares onde eles se encontram. E se você quiser ler algo profundo, tem sites políticos que tratam o assunto de forma a dar um nível e a profundidade que tais canais se propõem.
ExcluirPassar bem.
Associar o fascismo com a Direita é uma ignorância tremenda, sem falar que o próprio fascismo surgindo na década de 20 teve sua origem bebendo água da fonte do comunismo, assim foi o nazismo ao copiar o fascismo
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