Ideias Inatas- onde encontro Deus

Ideias Inatas- onde encontro Deus

Introdução

A filosofia, nos primeiros séculos do cristianismo foi muito usado pelos lideres da igreja para explicar, de forma coerente e racional, a nova fé, a fé cristã.

A filosofia acabou sendo vista como uma outra forma de descobrir a verdade. Concorrendo com a Revelação Escrita, a revelação natural, aquela que advém da vontade do homem de conhecer a verdade, acabou adquirindo um importante papel dentro da história do cristianismo.

A razão passou a ser uma forma de conhecer a verdade em si das coisas, inclusive das coisas sagradas. Teólogos e filósofos acabaram encontrando pontos de convergência. Os teólogos encontraram outra forma de argumentar à favor do cristianismo.

Um conceito que foi muito explorado e até hoje é usado pra defender a ideia da existência de Deus é o conceito de ideias inatas.

Desenvolvimento

As ideias inatas são um conceito da filosofia que tem sua origem em tempos anteriores ao cristianismo. Platão assegurava que cada ser humano vinha ao mundo munido da razão, e esta mesma razão o tornava superior aos demais seres da Natureza.

Esta razão não seria adquirida por educação mas inata, ou seja, nasceríamos com ele. Por ser inata, ela apenas progridiria até o conhecimento da verdade sobre as coisas simplesmente por está em nós o único elemento capaz de conhecer a verdade real das coisas em si.

Platão defende sua ideia de ideias inatas em A República. Ele argumenta que o espírito de organização está dentro do espírito humano. Essa organização inata proporciona a Polis, cidade.

Outro filósofo a desenvolver a doutrina das ideias inatas foi o francês René Descartes. Para ele, ideias inatas são aquelas que não poderiam vir de nossa experiência sensorial porque não há objetos sensoriais ou sensíveis para elas. As ideias inatas seria inteiramente racionais e só podem existir porque nascemos com elas.

Descartes dá alguns exemplos de ideias inatas. A mais comum é a ideia de infinito. Tal ideia não nasce de nenhum objeto externo a nós captado pelos sentidos. Mas tal conceito existe por dois  motivos: ele sempre existiu dentro de nós e sempre existiu fora de nós em si mesmo. Portanto, essa ideia só pode ser verdadeira.

Conclusão

Descartes dizia que as ideias inatas eram "a assinatura do Criador" no espírito das criaturas racionais e a razão é a luz natural inata que nos permite conhecer a verdade.

"Se não possuirmos em nosso espírito a razão e a verdade, nunca teremos como saber se um conhecimento é verdadeiro ou falso, isto é, nunca saberemos que uma ideia corresponde ou não à realidade a que ela se refere. Nunca teremos um critério seguro para avaliar nossos conhecimentos." Descarte, Discurso do Método.

Francimar Pires