Boiadeiro

Boiadeiro

E sai o boiadeiro pela estrada à tardinha, perto da noite. O sol já escondendo e a noite já aparecendo, e o boiadeiro desaparecendo pela estrada. Vai guardar o gado, algumas poucas cabeças, dez cabeças, ( é muito pouco, é quase nada), a dezena de cria bovina das mais bonitas do lugar. 

Sai de manhãzinha o boiadeiro pela estrada. O sol ainda por nascer, já vai levar a sua boiada para a invernada. Sai em seu cavalo e as dez cabeças da criação a pendular o chocalho no pescoço anunciando a passagem das dez cabeças de gado das mais bonitas do lugar.

E vai o boiadeiro, pois o dia já vem. Ele leva o gado pelo caminho e ao olhar ao longe, vai pensando em seu bem. O gado come o pasto e fica forte. Logo a tardinha, ao longe, pela estrada, vem o boiadeiro com as mais belas cabeças de criação das mais bonitas do lugar. 

Ao voltar, pelo caminho da estrada, lá se vai, ao longe o boiadeiro de volta para casa. E só dos chocalhos das dez vacas das mais bonitas do lugar, de aviso, a filharada toda ao boiadeiro esperar. 

São apenas dez meninos, e é pouco, é muito pouco, é quase nada, mas, não há outros mais bonitos no lugar. 

De volta, o boiadeiro vai pensando no seu seu bem. Ao abraçar os meninos ao longe, pela estrada, ao chegar à cancela, está Rosinha a lhe esperar. Ela vai correndo ao boiadeiro abraçar. Ela é pequenininha, é miudinha, é quase nada; mas não há outra mais bonita no lugar. 

O boiadeiro guarda o seu gado para estar junto de seu bem.



Francimar Pires  

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