20 MIL LÉGUAS SUBMARINAS
20 MIL LÉGUAS SUBMARINAS
Um homem - fugas
Pelas ondas do mar;
Um velho em rugas
Tenta escapar.
Um monstro parece
Sua criação representar;
Tal ser não se esquece
Os lobos do mar.
A notícia se espalha
Por todo o lugar;
Um navio que encalha
E outro a afundar.
É um monstro de ferro,
Baleia de aço;
Caça com esmero...
No mar, estardalhaço.
Do mar, um caçador,
Do mar, um capitão
Do mar, um professor,
Do mar, uma tripulação.
Seu braço direito
Não o deixa afundar;
Um amigo perfeito
Se joga ao mar.
Salva o bom mestre,
Sozinho não está;
Uma ilha se ergue,
Do fundo do mar.
Uma ilha de ferro,
Um chão de aço;
Do susto, um berro:
Não sei o que faço!
Era uma embarcação,
Convidados a entrar;
Logo, seu capitão
Se pôs a explicar.
Grande era a tecnologia,
Nada jamais visto;
O mundo espera um dia...
Desses nauticus previsto.
Um velho lobo do mar
Da humanidade decepcionado;
Na fuga quer caçar
O que ao mar foi jogado.
A esperança na humanidade,
A cada canto profundo,
Busca a racionalidade
Que não se encontra ao fundo.
Juntos: capitão e professor,
Viajam em uma aventura;
Dez meses de labor,
Numa eterna procura.
O mestre a tudo encontra
Em nome da ciência;
Raciocínio se apronta,
Alimentando a paciência.
A aventura se finda,
Um amigo morre;
História jamais ouvida
A cantos que corre.
Mesmo com credibilidade
Ninguém acreditaria;
Que rara humanidade
Perdida existiria.
Ficou perdida ao mar,
Uma grande criação;
Quem sabe não voltará
O nobre capitão?
Francimar Pires
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