A PALAVRA

A PALAVRA

Tenho a palavra como amiga,
E me ajuda a não enlouquecer;
Ela sara e cura minha ferida,
Quando ela se põe a doer.

Escrevo para não ficar louco,
Para enganar a minha sanidade;
Da palavra, bebo um pouco,
Para saciar minha dignidade.

No papel, a palavra escrita
Desnuda o meu pobre existir;
Que ela com a vida me diga
Para onde devo eu fugir.

Aí, ela me aponta um norte,
Me guia no mundo da fantasia;
Se é noite, se faz um belo dia,
Se é vida, então se faz morte.

A palavra vem e fortalece
O fraco que em mim está;
O bem em mim cresce,
E o mal desaparecerá.

A palavra me traz esperança,
Quando desesperançando;
A letra me traz a lembrança,
Da alegria que ficou no passado.

Devo eu morrer da vida escrita!
O céu deve parecer um papel!
Sei de quem não me acredita,
Mas, se for, morro para ir ao céu.

Deus deve ser o Poeta Maior,
O Grande e Supremo Compositor;
Sua Música cantada em Dó,
Descreve o Seu Louco Amor.

Francimar Pires

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