CHUVA NA ALMA

CHUVA NA ALMA

Passos molhados na chuva,
Alma doce como de criança,
Que ainda cheia de esperança,
Cruza da esquina uma curva.

A noite escura, um pouco aveludada,
Clareada pelas lâmpadas da rua;
Sua alma, desvestida, corre nua
Como quem rir de uma piada.

De gota em gota, tudo se inunda,
Tudo se molha com a fria água;
Ensopa o olhar e desbota a mágoa
De uma alma limpa ou imunda.

Da esquina parece pagar penitência
Enquanto a água fria do céu cai;
E a esperança escoa e se vai
Para quem na vida há sem essência.

A chuva limpa, purifica a alma,
Embranquece toda a essência do ser;
Não há relevância nas coisas, no ter,
Somente a paz que traz a calma.

Francimar Pires

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

HUMBERTO GESSENGER E SUAS PREFERÊNCIAS POLÍTICAS

DAVI: GRANDE REI, PÉSSIMO PAI

O PENSAR