LUAR DO SERTÃO
LUAR DO SERTÃO
Meu olhar se perde ao longe
Como um velho e cansado monge
A se perder na amplidão.
Saudade daquele luar
Que se põe sobre o altar:
(Luar/altar do meu sertão).
Uma viola velha se põe a rezar
Cantigas e modas para o luar
Enquanto a prata brilha pelo chão.
Cantigas de tristeza e saudade
De quem mora ainda na cidade
Mas sente falta do luar do sertão.
A meninada no terreiro a correr
Enquanto ao longe, no alto, se vê
A lua branca no céu a pratear.
Aí vem rosinha, a menina bela
Não há outra por aqui igual a ela
E a ela todos se põem a desejar.
Ai que saudade do luar do sertão!
Aquele frio gostoso a resfriar o coração
De quem mora e corre pela cidade.
O orvalho da noite a nos refrescar,
As histórias antigas a recordar,
Enche o coração de mais saudade.
Francimar Pires
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