SONETO À ANNE
SONETO À ANNE
Há guerra lá fora
À dizimar meu povo;
Se me escondo agora,
Finjo que Morro.
Da janela, a morte
Estampada no rosto
Das pessoas do Norte,
A espera de socorro.
Eu, presa aqui,
Escondida, fugi
Porque sou judia.
E dor, não fingi
Quando triste vi
Desespero e agonia.
Francimar Pires
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