SUBMISSÃO AO GOVERNO

SUBMISSÃO AO GOVERNO

INTRODUÇÃO

No Novo Testamento, aparece o que podemos chamar "o caráter da responsabilidade civil cristã":

 "Todo homem se submeta às autoridades constituídas, pois não há autoridade que não venha de Deus" (Rm. 13:1)

DESENVOLVIMENTO 

À luz dessa afirmação, "aquele que se opõe a autoridade, resiste à ordenação de Deus " (Rm. 13:1,2)

Nos versos seguintes, 3 a 5, Paulo continua dizendo: 

"Os que governam incutem medo quando se pratica o mal, não quando se faz o bem. Queres então não ter medo da autoridade? Pratica o bem e dela receberás elogios, pois ela é instrumento de Deus para te conduzir ao bem. Se, porém, praticares o mal, teme, porque não é atoa que ela traz a espada; ela é instrumento de Deus para fazer justiça e punir quem pratica o mal. Por isso é necessário submeter-se não somente por temor do castigo, mas também por dever de consciência".

Pedro colabora com Paulo, afirmando:

"Sujeitei-vos a toda instituição humana por causa do Senhor; quer seja ao rei, como soberano; quer às autoridades como enviadas por ele,... Porque assim é a vontade de Deus, ... Tratai a todos com honra, amai aos irmãos, temei a Deus, honrai ao rei " (I Ped. 2:14 a 17).

Tais palavras, tanto de Pedro como de Paulo, foram escritas justamente na sede do império romano, no tempo de Nero, por volta de 64 a.D. Apesar do despotismo de muitos governantes, das corrupções, a ordem bíblica é de respeitar as autoridades constituídas.

"Nenhuma autoridade existe, exceto pela permissão de Deus e sob o Seu controle" (CBA).

UM EXEMPLO

Discutindo a campanha política que se avizinhava de 1880, num de seus últimos editorias, Tiago Whitte disse:

"Nós como um povo, como adventistas, temos diante de nós um tema altamente absorvente e um trabalho de maior importância, no qual a nossa mente não deve divergir...
"É nosso dever adaptar a nós mesmos, tanto quanto possível sem comprometer a verdade, a todos os que estão dentro de nossa influência, e ao menos tempo permanecer livre das lutas e corrupções dos partidos" (R&H, 11/03/1880).

Um mês antes da morte de Tiago Whitte, os adventistas estiveram reunidos numa campal, em Des Moines, Iowa, durante a qual um proposta foi colocada diante dos deletados:

"Resolvido que expressemos nosso profundo interesse no movimento de temperança que está sendo executado em nosso Estado; e que devemos instruir todos os nossos ministros a usar influência em nossas igrejas e com o povo em geral, para induzi-los a fazer um esforço consistente, por um trabalho pessoal, votando na urna, em favor da emenda proibitiva da Constituição, cujos amigos da temperança estão procurando alcançar" (R&H, 05/07/1881).

Ellen Whitte, que também estava presente, mas se retirara pouco antes do encerramento, foi procurada para dar sua opinião e conselho.Ela aprovou a resolução e jamais mudou sua posição.

Num artigo escrito na R&H, um ano antes da sua morte, ela enfatizou a responsabilidade de cada cidadão exercitar toda influência dentro de sua capacidade, incluindo seu voto, para a obra da temperança e virtude:

"Enquanto não é sábio tornar-se envolvido em questões políticas, contudo, é nosso privilégio tomar nossa decisão firmemente em todas as questões relacionadas com a reforma de temperança..."

CONCLUSÃO: A AÇÃO DA IGREJA

Sendo que o membro da igreja adventista é uma pessoa completamente livre para fazer a escolha do candidato que quiser, cabe à igreja o dever de orientar seus fiéis.

Ela tem a sagrada obrigação de mostrar seu patriotismo através do combate aos inimigos do homem, tais como taxiconomia, alcoolismo, tabagismo, poluição ambiental, , poluição sonora e televisiva, entre outros.

A igreja pode influenciar de maneira singular na defesa da liberdade religiosa, da observância do sábado, e também num amplo programa de beneficência social e educacional.

"Compre-nos reconhecer o governo humano como uma instituição designada por Deus, e ensinar obediência ao mesmo como um dever sagrado, dentro de sua legítima esfera." (Atos dos Apóstolos, 69).

Honre P. Silva, Revista Ministério, Nov/Dez de 1996.

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