JESUS REPARTIU SUA GLÓRIA: COM ISRAEL E AS NAÇÕES

JESUS REPARTIU SUA GLÓRIA: COM ISRAEL E AS NAÇÕES 

INTRODUÇÃO

1. Com a saída de Israel do Egito e sua peregrinação pelo deserto, compreendemos como Deus revela a Sua glória de maneira mais excelente para o Seu povo.
2. O Egito conheceu o lado da glória divina que destrói o impio e seu pecado.
3. E Israel conheceu o lado redentivo dessa glória.

AS MANIFESTAÇÕES DA GLÓRIA DE DEUS PARA ISRAEL 

1. Na nuvem (Êx. 16:10);
2. No Monte Sinai (Êx. 24:16);
3. Na fenda da rocha (Êx. 33:18);
4. No rosto de Moisés (Êx. 34:35);
5. No tabernáculo do deserto (Êx. 40:34);
6. Na oferta de sacrifícios (Lv. 9:23,24);
7. Na dedicação do templo (I Rs. 8:11).

Esses exemplos de revelação da glória de Deus na experiência de Israel, está no contexto maior da manifestação de Sua presença e a revelação de Sua vontade na condução de Seu povo escolhido.

As promessas de Deus estavam vinculadas à permanência de Sua glória entre a nação israelita (Sl 104:31).

A GLÓRIA DE DEUS REVELADA PARA TODAS AS NAÇÕES 

A manifestação da glória do Senhor estava ligada ao conhecimento de Deus que seria revelado as nações da terra (Sl 96:3; Ez 39:21).

A salvação de todos os povos da terra estava bem fundamentada na revelação da glória divina a todos eles. Israel seria a reunião de todas as nações da terra para a glória do Senhor e Seu Messias (Hab. 3:3).

As profecias que assimilaram um reino de paz e prosperidade para Israel estavam diretamente condicionadas à obediência ao Concerto que fora feito entre Deus e Seu povo peculiar.

O Senhor tirou os israelitas da escravidão do Egito a fim de que pudesse torna-los um povo zeloso e de boas obras, cujo objetivo maior em sua vida fosse a glorificação do Seu nome. Essa iniciativa divina determina todo o esboço de um plano estabelecido no sentido de anunciar a todas as nações da Terra a bondade e misericórdia de Deus (Dt 6:13; Jr 31:31 a 33).

A GLÓRIA DE DEUS SERIA REVELADA EM ISRAEL

Um reino teocrático foi organizado. Um plano sagrado havia de ser iniciado. Deus iria ensinar as nações ao redor o Seu caráter expresso na vida da nação e impresso na vida de cada fiel testemunha Sua.

A prosperidade chegou ao auge, nos dias de Salomão. A glória do Senhor foi manifesta na dedicação do templo, e parecia que o favor divino jamais seria afastado da comunidade. Reis e rainhas vieram de longe para prestar homenagens ao reino de Salomão e descobriram porque a nação era tão próspera. Como Israel não teria problemas econômicos, as demais nações desejariam imitar seu estilo de vida.

Mas este clima de prosperidade desenvolveu um espírito de idolatria e pecaminosidade muito mais acentuado do que o que se observava entre outras nações ao seu redor. O enfraquecimento moral da nação gerou disputas internas e alimentou as ambições de conquistas das nações pagãs. 

Uma revolução interna cindiu o reino de Israel em duas casas: a casa de Israel, com 20 reis da dinastia rebelde, principalmente Jeroboão; e a casa de Judá, com 20 reis da dinastia davidica em sua maioria.

A primeira casa real foi para o exílio da Assíria em 722 a.C., e a segunda, a casa real de Judá, para o cativeiro babilônico em 586 a.C. Sendo destruído o templo, símbolo da presença de Jeová e revelação de Sua glória para todos os povos, a cidade de Jerusalém, de onde Deus prometera que Sua glória não seria retirada, estava agora em ruínas. E em todo o seu serviço de culto a Jeová, desapareceu o processo de educação por meio dos símbolos litúrgicos. A nação exilada e espalhada conviveria agora com outros sistemas de culto idólatra, que representava a glória efêmera dos ídolos. Todo o plano divino de redenção do mundo por meio de Israel foi referido. O plano abortara. Não mais prosperidade. 70 anos de cativeiro. perca da identidade nacional, da religião antiga. 

HÁ ESPERANÇA...

Havia esperança.

As promessas divinas estavam de pé, caso a nação recobrasse o são juízo e iniciasse uma obra de reavivamento e reforma, em cumprimento das palavras do profeta Isaías (Isa. 40:1-5). 

Deus estava concedendo uma oportunidade a Israel, através do Messias. Era uma mensagem de conforto, na qual o objetivo mais importante era a restauração da vida nacional. Perdão, expiação e redenção eram as expressões que deitavam a nova ordem de Deus em relação ao Seu povo.

Os engenheiros reais deveriam aterrar os vales, destituir as orgulhosas montanhas, endireitar o que estava torto e aplainar o que era áspero. Essa seria uma obra messiânica. Era uma obra espiritual. Deus Repartiria Sua glória com Israel restaurado para alcançar todas as nações.

O ERRO DE INTERPRETAÇÃO

Quando a "voz do que come no deserto" apareceu, foi silenciada pela prisão e morte. O Messias da mesma forma, silenciado com a morte. A glória de Deus para Israel era o Messias. E na cruz, a glória de Deus, a glória messiânica, deixou Israel (Icabod).

A cruz, nas mãos humanas, se tornou símbolo do autoritarismo, do poder Romano; nas mãos de Deus, a cruz se tornou símbolo de glória, símbolo do favor divino para todos os povos.

A SUBSTITUIÇÃO 

Ao exclamar"Está consumado", a obra de salvação estava concluída e a glória de Jeová, mais uma vez, repartida. 

No mesmo instante do angustiado grito do Filho de Deus, o sacerdote, no santuário, tentava imolar o cordeiro pascal, mas o inesperado aconteceu. A terra se sacode nos estertores da paixão por Seu criador, o véu do templo se rasga por inteiro, como por mãos invisíveis, expondo à multidão dos adoradores o interior do lugar antes cheio da presença divina.

"Ali habirara o Shekinah. Ali manifestara Deus Sua Glória sobre o propiciatório" (DTN, 757). O sacerdote surpreendido pela cena que então presencia, não percebe que o cordeiro escapara e o sacrifício do animal acabava ali, naquele momento. O verdadeiro sacrifício estava acontecendo apenas a poucos metros dali. A glória do santíssimo havia desaparecido, pois a glória do Santo dos santos estava sendo irradiada na cruz, nas gotas de sangue derramadas pela humanidade pecadora.

"E agora, estava a morrer o Senhor da glória, o Resgate da raça" (DTN, 752).

A partir daquela tarde memorável, o mundo não seria mais o mesmo. O longo cativeiro do pecado havia acabado. Raiava a era da libertação dos pecados para a humanidade e a glória perdida por Adão, no Éden, havia sido finalmente restaurada comportamento, e todos os que a desejassem, deveriam crer nAquele que entregava ali Sua vida.

"Foi feito o grande sacrifício. Achava-se aberto o caminho para o santíssimo. um novo, vivo caminho está para todos preparado" (DTN, 575).

A GLÓRIA COM A IGREJA

Semelhantemente, Jesus repartiu Sua glória com a igreja, Sua noiva.

Ao nascer a igreja, o novo Israel, como uma nova nação espiritual, sob a liderança de outros doze homens, não mais eram os doze filhos de Jacó, mas eram os doze apóstolos que fundaram uma nova comunidade de salvos e santos para revelação da glória de Jeová, tendo em Jesus o centro do programa. Era o Reino de Deus sendo estabelecido para repartir Sua glória a todos os habitantes do mundo, pela disseminação do evangelho pregado sob influência poderosa do Espírito Santo (I Tim. 3:15; I Ped. 2:9; Apoc. 5:9).


Texto baseado no artigo de Rafael Luiz Monteiro, Revista Ministério, Nov/Dez de 1996.

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