O PERFECCIONISMO E A VOLTA DE JESUS
O PERFECCIONISMO E A VOLTA DE JESUS
INTRODUÇÃO
A idéia corrente de que há uma demora com respeito à volta de Jesus é teologicamente ligada a dois outros conceitos muito importantes:
1. A Natureza de Cristo;
2. Perfeição cristã.
A CONTROVÉRSIA CENÓTICA
A polêmica a respeito do fato de Cristo, durante Seu Ministério terrestre, ter ou não tido vantagens sobre o homem comum no que tange às tentações que teve que resistir, é, historicamente, antiga e se insere numa discussão ainda mais ampla, a chamada controvérsia CENÓTICA:
Absteve-se Cristo de usar Seus atributos divinos inteiramente, ou apenas usou-os veladamente?
Esse debate surgiu do confronto de duas universidades luteranas (Giessen e Tübingen) acerca do vocábulo grego "kénosis", cuja forma verbal aparece em Filipenses 2:7 e 8.
No entanto, para os luteranos, a controvérsia terminou subitamente por causa da Guerra dos Trinta Anos, sem nenhum resultado definitivo.
A POLÊMICA LAPSARIANA
A CONTROVÉRSIA CENÓTICA desemboca, mais especificamente, na polêmica LAPSARIANA (do termo latino Lapsus = pecado), a qual envolve as seguintes questões:
1. CRISTO, ao encarnar assumiu a natureza a Adão possuía antes do pecado (teoria pré-lapsariana);
2. Cristo teria a natureza de Adão depois do pecado (pós-lapsariana);
3. Ou Cristo teria ambas as naturezas (ambilapsariana)?
Está última parece ser a mais coerente com as declarações de Ellen G. Whitte, que ora dá a entender que Jesus assumiu a natureza de Adão com perfeita isenção de pecado, ora afirma que Ele assinou a natureza pecaminosa do homem.
DECLARAÇÕES
"Não podemos ter dúvida acerca da perfeita ausência de pecado na natureza humana de Cristo" (ME, 1, 256,2).
"Assumiu [Cristo] Sua posição como cabeça da humanidade por tomar a natureza, não a pecaminosa do homem" (NLC, 8,5)
"Tomou [Cristo] sobre Si nossa natureza pecaminosa" (EDD, 26,4)
"Tomando sobre Si a natureza humana em seu estado decaído" ME, 1, 256,1)
CONCLUSÃO
Se as declarações de Ellen G. Whitte têm ares de ambilapsarianismo, como corolário disso, surgem algumas outras importantes questões teológicas:
1. Poderia Cristo ter pecado?
2. Tinha Ele propensão ao pecado?
Milton L. Torres, Revista Ministério de Nov/Dez de 1996.
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